Localizado praticamente em frente ao MASP, o Parque Tenente Siqueira Campos (que é mais conhecido como Parque Trianon) nasceu praticamente junto com a Avenida Paulista, no longínquo ano de 1893, e virou hoje um oásis verde em meio aos inúmeros prédios da Paulista e arredores. Projetado por um paisagista inglês e um francês, seus caminhos são formados por pedras portuguesas, abrigando muitas árvores centenárias e diversas esculturas famosas – uma delas o Fauno, de Victor Brecheret. É uma boa opção para dar uma respirada no meio de um passeio pela avenida, e aos domingos há uma feira de artesanato que ocupa toda a calçada em frente aos portões do parque.

Curiosidade: o nome Trianon vem de um antigo clube que ocupava a área onde hoje é o MASP. Até meados da década de 50, o parque se integrava a um belvedere do outro lado da avenida, considerado muito chique e que era ponto de encontro da elite paulistana.

Um remanescente das antigas mansões da Avenida Paulista, a Casa das Rosas foi construída em 1935, permanecendo como residência da família do famoso arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo até meados de 1980. Ameaçada de demolição, a mansão acabou preservada numa ação até então inédita – uma parte do terreno foi liberada para a construção de um prédio comercial, enquanto a casa e parte do jardim foram restaurados e transformados em espaço cultural pelo Estado de São Paulo no aniversário de 100 anos da avenida, em 1991. A partir de 2004, a Casa das Rosas passou a ser Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, oferecendo vários cursos, oficinas, palestras, apresentações literárias, etc e funcionando como museu gratuito destinado à difusão de artes diversas.

A casa e o jardim são lindos (é permitido entrar com animais dentro dos jardins), e o espaço abriga também um café e uma livraria.

Localizada do lado oposto à Casa das Rosas, a Japan House São Paulo foi inaugurada em maio de 2017 como parte de uma iniciativa do governo japonês de difusão da cultura japonesa em outros países – além de São Paulo, há também Japan Houses em Londres e Los Angeles.

O prédio foi projetado pelo arquiteto Kengo Kuma, com a fachada feita de cedro japonês com mais de 70 anos e painéis em malha cobertos com papel japonês artesanal – e é uma atração por si só. Dentro há duas lojas de artigos japoneses, um restaurante, um café e dois espaços para exposições temporárias, além de uma programação cultural intensa: workshops, clubes de leitura, apresentações musicais… no site é possível consultar a programação completa e atualizada.

O endereço privilegiado confere a essa unidade do SESC um charme a mais – além de toda a programação cultural e serviços oferecidos normalmente pelas unidades SESC, estar no ponto mais importante da capital já é por si só uma atração. Contando com biblioteca, academia, serviços odontológicos para os associados, o SESC da Avenida Paulista tem também um amplo espaço dedicado a tecnologia e artes e uma programação variada de oficinas, cursos, palestras e exposições dentro de seu amplo prédio.

O mirante, no topo do edifício, tem uma vista privilegiada da avenida.